As roupas, a minha mãe e eu
Gosto muito de comprar roupa com a minha mãe! Nem precisa de ser combinado um dia específico para irmos às compras, nada disso. Basta encontrarmo-nos e nem que tenhamos apenas meia-hora, nós temos a extraordinária capacidade de, em tão pouco tempo, conseguir gastar dinheiro em modelitos giríssimos!
Confesso que já tive bem pior (ou melhor?), numa altura em que era bastante viciada em comprar roupa e gastava fortunas. Agora ando mais contida (se bem que a moda Outono/Inverno deste ano já me tenha cativado/levado largos euros!!!)
Bom, a minha mãe também adora comprar roupa! Já é costume aparecer todas as semanas com uma ou mais peças novas e mostrar-mas toda contente! Eu fico muito feliz por ela estar feliz e incentivo-a sempre nas suas compras!
Agora imaginem o que é irmos as duas: é a loucura total!!!
E aí vão elas em direcção aos vestiários: a mãe com um fato castanho, três camisolas de cores variadas e...ao que parece com duas saias e duas blusas! A filha leva dois pares de calças, uma saia rodada, uma mini-saia e um amontoado de camisolas...
Quando saímos da loja trazemos um sorriso na cara, muitas sacas nas mãos e dois cartões mutibanco com mais uso! :)
Confusão fotográfica
Há um site muito interessante onde ponho algumas das minha fotos. Da última vez que estive com a minha irmã falei-lhe disso. Uns dias depois ela disse-me que não conseguia comentar as minhas fotos e eu expliquei que além de ter de se inscrever, teria de por uma foto para depois poder comentar as dos outros...
Passados uns dias decidi pesquisar no site o nome dela e apareceram-me três nomes e apelidos iguais... Duas delas eram de outras zonas do país e tinham mais de uma foto; a restante era do Porto e tinha apenas a foto necessária para poder comentar...
Vejo a foto. Olha o gato deles, que engraçado! E toca de por lá um comentário.
À noite quando falámos ao telemóvel disse-lhe toda contente:
- Já vi que te inscreveste no site...e puseste uma foto...
- Hein? Não pus foto nenhuma...
- Puseste sim, uma do Guni... (voz desconfiada)
- Não pus, não!
(silêncio seguido de gargalhada em conjunto)
Pois...tudo fazia crer que era ela, mas não. Olha...alguém deve ter ficado confuso com um determinado comentário... :)
Os anti guarda-chuvas
Lembro-me de ter 15 ou 16 anos e achar que andar de guarda-chuva era horroroso. Isso era para pessoas mais velhas e outros que não tinham de manter uma aparência "forinha". Então tinha algum jeito andar de botas tipo tropa, calças justas e gorro e trazer na mão um guarda-chuva!?
Quando saía de casa ouvia:
- Leva o guarda-chuva.
E eu respodia:
- Tá beeeem. (E não levava...)
Chegava às aulas encharcada, mas isso não interessava. O que era realmente importante era chegar com um ar rebelde, cabelo molhado pelas costas e roupa a pingar (e umas gotas a escorrer na cara também davam um estilo fixe!).
E lembro-me, também, que não ficava constipada por causa disso...
Estranho...Passado 14 anos faço questão de usar guarda-chuva, tento escolhê-lo para condizer com a roupa que visto, se apanho um bocadinho de chuva fico à rasca da garganta ou constipada e, sobretudo, irritam-me solenemente determinadas pessoas adultas que insistem em não usar guarda-chuva e se acham o máximo por isso!
PS: continuo com espírito "forinha" :)
Bons preços!
Se há coisa que eu adoro é ir às compras ao Lidl. Hoje lá entrei já bastante entusiasmada e comecei a percorrer corredor a corredor com muita calma e atenção. Os preços eram tão animadores que a ideia inicial de trazer apenas duas ou três coisas foi logo por água abaixo...quando dei por mim tinha um saco tão cheio que mal podia com ele (sim, que eu levo os meus sacos, recuso-me a pagar sacos de plástico!)
E lá andava eu: ai o feijão que barato...e o esparguete, impressionante; o iced tea, as especiarias, as batatas fritas, o arroz, o óleo (que preços!!!)
Quando de lá saí senti que devia ter comprado mais coisas para aproveitar preços meeesmo baixos... E não era comprar por comprar: tenho de encher a despensa da minha casa nova para que nada falte! Sou uma dona de casa muito cuidada! :)
Do mal o menos
É uma chatice estar doente: dores de garganta, constipações, gripes...uma seca. Mas pior ainda é tê-las no Verão...
Eu bem me lembro do que passei nas últimas férias... Pleno Agosto, o Algarve em todo o seu esplendor: sol a torrar, água morna, bebidas frescas, gelados saborosos, muita alegria!(Isto era o que eu via...)
O que os outros viam era mais: gaja debaixo do guarda-sol com chapéu ou lenço na cabeça e cara de choca. Pudera... A boca seca, dificuldade em engolir, as bebidas naturalmente mornas, gelados só em sonhos, o mar era para molhar os pés e, e...
Já no Inverno é melhor... Sempre me enrolo numa manta no sofá, tomo leitinho quente, vejo a chuva lá fora...
E mais... basta pensar que em vez de estragar um dia de férias de Verão estrago um dia de trabalho que fico logo melhor! :)
A montra
O meu local de trabalho tem uma peculiaridade: a montra da empresa é espelhada. Ou seja, quem está na rua não vê nada lá para dentro, quem está lá dentro vê tudo o que se passa do lado de fora!
O mais engraçado é que a maioria das pessoas não se inibe de fazer as mais variadas figuras, sem se lembrar que pode estar alguém do lado de lá da montra...
Ora, então, surgem as cenas mais hilariantes, disparatadas e até nojentas...
As crianças a fazerem caretas em frente ao espelho, os adolescentes em grupo a olharem de esguelha para não serem vistos a tocar à campainha desatando a correr; as meninas a produzirem-se, desde a maquilhagem aos cabelinhos arranjados ao pormenor, passando pela roupinha (mais ou menos bonita) bem aconchegada ao corpo. Os homens a fazerem a limpeza dentária, os que têm pouco cabelo a teimarem em penteá-lo, treinos intensivos de técnicas de sedução em frente à montra, etc, etc. É claro que isto dá sempre para nos divertirmos bastante :)
No outro dia apareceu um que lá achou que a camisa não estava bem arranjada: ora toca a baixar as calças no meio da rua (que isto aqui é escondidinho e ninguém vê...) e cuecas à mostra enquanto empurrava com vigor a camisa para dentro das calças.
E estas cenas são diárias... já estamos habituados!
Hoje aconteceu a pior de todas. O cuequeiro (homem das cuecas) voltou a aparecer... e hoje não vinha bem: um mal estar, uma dor de barriga, uma aflição (dele e depois nossa) e toca de baixar as calças e cuecas e aliviar-se em frente à montra! A desgraça, o horror, (o homem não comeu coisa boa)...
Resultado: gente enojada, gente curiosa. Eu fui analisar o serviço através do vidro e conclui que um trabalho daqueles merecia ser divulgado: fiz visitas guiadas ao local do crime aos colegas mais curiosos (atrás da montra, claro!!!)
Adoro uma boa tanga
Sempre adorei. Já há muito anos que prego tangas e faço cenas inimagináveis :)
Já estive uns largos minutos a esfregar o dedo do pé na beira da cama para fazer crer a uma amiga que estava um bicho no quarto; já colei uma barata de borracha ao pescoço e fiz-me de parva enquanto duas amigas tentavam encontrar a melhor forma de a afastar sem eu saber o que se estava a passar; já estive à mesa a rezar antes do jantar e fiz uma cena de filme, de desapontada com os risos dos amigos porque-eu-levava-aquilo-muito-a-sério, até que no fim da reza agradeci a Deus a ingenuidade de um deles (o que levou a tanga). Já fingi ser toxicodependente quando tinha acabado de conhecer o novo namorado da minha melhor amiga; já fingi ter deslocado o braço porque o consigo pôr numa posição realmente esquisita (houve meninas a sentirem-se mal!). Já preguei tangas pelo msn, uma delas em que fingi ser um cliente meu estrangeiro que se tinha posto a conversar no msn com um amigo meu...essa terminou com o meu amigo a insultar o Thomas (eu própria) e a ameaçar que o ia desfazer :)
E é assim, que uma pessoa se vai divertindo...com tangas (de leopardo não!)
A tese do riso
A minha irmã e eu temos ataques de riso infinitos que passam pelos sorrisos, gargalhadas, lágrimas, faltas de ar e dores de barriga!
Uma vez estavamos na faculdade onde ela estudou e ela decidiu ir assistir a uma defesa de tese de mestrado, de um professor por quem ela tinha uma pancada!
Ora como eu estava com ela, e depois de ela me garantir que ficavamos só um bocadinho, lá acedi em ir para o auditório.
Tinham passado cerca de 5 m e eu, sem interesse nenhum no tema, tentei arrastá-la dali pra fora com um simples: - Vamos? É obvio que a resposta foi negativa, que ainda agora tinhamos chegado...
Olhei em volta e ataquei de novo: - Isto é uma seca. Claro que levei com um: tu é que quiseste vir...
Depois de algumas tentativas do género e até levar uma resposta torta, saio-me com esta: - O Z.M. (prof) é feio como um bode!
Olhamo-nos olhos nos olhos e....ataque de riso de grau elevado.
Risota em sussurros, gargalhadas abafadas, lenços de papel a passarem de mão em mão, fungadelas sonoras...uma situação incontrolável :)
O silêncio imperava na sala a abarrotar de gente e a atenção tinha estado toda no palco até àquele momento. Olhares de lado, caras de espanto pelo choro, alguns chius...
A minha irmã levantou-se e mudou de lugar, eu levantei-me e saí. (a tese era fraca!!!)
Rosa ajoelhada
A minha empregada é uma figura castiça. Não me lembro agora precisamente qual a terra dela, mas é daquelas mulheres fortes e baixas, com face rosada, que come mais do que eu e o meu pai juntos, fala alto e tem uma pronúncia bem marcada.
No outro dia estava ofendida...
- Oh menina, eu não vou mais para a casa da mãe da Drª...
- Ela tinha arranjado outra pessoa para fazer a limpeza, não tinha?
-Tinha, mas entretanto já foi embora...
- Ai foi? E à Rosa, não lhe dá jeito ir, é?
- Não é por isso, menina. A senhora quer que eu limpe o chão de joelhos...E eu não posso...A casa é grande e ela quer que numa tarde eu passe a casa toda a pano de joelhos e faça tudo o resto!?
- Pois, realmente não há necessidade de ser de joelhos...
(silêncio)
- Se calhar é por isso que ela nunca consegue ficar com nenhuma empregada muito tempo...
(Se calhar é mesmo... - pensei)
Onde é que nos dias de hoje já se viu, com tanta esfregona, mopas e demais, a "senhora" obrigar a empregada a passar o chão ajoelhada? Valha-nos Deus!
A diferença
São duas pessoas na mesma situação profissional.
Só que uma acomoda-se, vai-se deixando estar, habitua-se ao quentinho da manta do sofá, carpe mágoas e sonha. (ponto)
A outra mexe-se, fura, arranja com que se entreter, dá voltas e sabe que vai conseguir ... (reticências)
A dúvida
Mantermo-nos num emprego que não gostamos...ou partir à procura de outra coisa?
E aqui está!
Decidi criar um espaço só meu onde escrevo tudo o que me der na gana! Cenas e outras coisas que tais :)