E afinal ainda era Natal...
Este ano não estive com a família do João nem no dia, nem na véspera de Natal. Por isso combinámos que eu iria a Melres no dia 26.Confesso que pensei que tudo iria estar já menos festivo, as pessoas cansadas e o almoço seria feito com o muito que teria sobrado dos dois dias de festa...
Enganei-me redondamente: o ambiente estava animadíssimo, para além do peculiar casal Pilão, estava também a avó Beatriz e, vindos de lá de baixo, o padrinho do João, a Paula e a Marta.
Houve nova troca de prendas, beijos e abraços, conversas, histórias de vinhos, convites, gargalhadas e boa disposição!
A casa estava mesmo bonita: toda enfeitada com decorações natalícias, desde as almofadas, aos autocolantes das janelas, bonecos espalhados, etc, etc. A lareira da cozinha estava acesa, dando aquele tom alaranjado ao ambiente; na sala, a salamadra devorava lenha sem medo! A mesa para o almoço estava posta e decorada com motivos natalícios e a mesa dos doces repleta de cores e sabores que faziam crescer água na boca...
À hora do almoço chegaram à mesa travessas enormes de barro com cabrito assado, arroz de forno, batatas assadas fumegantes e, ainda, cozido à portuguesa!!!
Eu, que sou uma adepta ferrenha da nossa cozinha tradicional, esqueci os exageros gastronómicos dos dias anteriores e deliciei-me com tão belas iguarias que comidas ali, no campo, numa mesa com bancos corridos, ao pé da salamandra (cujo topo serviu, até, para manter a comida quentinha) me soube ainda melhor. Estava tudo óptimo e toda a gente feliz...Afinal, ainda era Natal!
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